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domingo, 25 de dezembro de 2011

Primeiro Natal colaborativo


Em 2011, aconteceu o meu primeiro Natal colaborativo. O que isso significa? Vou tentar explicar. Em novembro, os primeiros jingles natalinos começaram a surgir em propagandas de televisão e nas redes sociais. Como estou conectado a meus amigos em diversas redes, decidi acompanhar esse movimento do que seria falado sobre o Natal entre novembro e hoje, dia 25 de dezembro, momento em que escrevo este texto. Sendo poeta, tenho tendência a fantasiar a realidade, uma forma de enxergar o mundo diferente.

Todo Natal é a mesma coisa. As pessoas ficam mais generosas, trocam presentes, dizem mentiras sinceras, o Papai Noel chega para animar as crianças, os adultos recebem meias da vovó e blusas regata das tias, a ceia tem frutas e rabanada, piadas do seu tio sobre o peru, pessoas desejando, pessoas reclamando que outras só ficam desejando e tudo o mais que cabe ao Natal. Pode ser a mesma coisa sempre, mas esse ano senti uma coisa diferente: compartilhei todos esses momentos com meus amigos mais queridos, que não estavam presentes fisicamente.

Vi o Papai Noel chegar em várias casas pelo Facebook, alguns amigos compartilharam (e até fizeram competição) de quem tinha a ceia mais bonita, as fotos mais bonitas de árvores de Natal eram colocadas no Instagram, não se falava outra coisa no trending topics do Twitter. No fim das contas, a gente faz de conta que o mundo todo é uma ilha, onde celebramos dentro de uma aldeia global.

Aos amigos que compartilharam do Natal conosco, ofereço-lhes um mosaico

Foi então que percebi o quanto o Natal era grande. Independente de qualquer coisa, estávamos todos ali, esperando virar meia-noite de hoje, para podermos nos abraçar e agradecer uns aos outros tudo de bom que aconteceu no ano de 2011; como bons neonômades que somos, temos que agradecer aos amigos de São Paulo, Porto Alegre, Miami, Ankara e Shangai, além daqueles amigos que surgem em nossas timelines, indicados por outros amigos, que nem sabemos daonde são, mas que estão ali, coletivamente, dividindo com a gente a alegria do nascimento de um novo momento.

Que poderoso é isso! Podemos juntar o mundo todo para celebrar uma mesma causa, desejar votos diferentes que caminham para um mesmo fim de bondade e solidariedade. Que poderoso é quando nos unimos para mentalizar mudanças de impacto positivo e, melhor ainda, quando nos juntamos e planejamos para tirar essas ideias da promessa e ser o mundo que queremos.

A todos desse planeta que querem e buscam fazer um mundo melhor, carinhosamente chamados por nós de benfeitores, um Feliz Natal e um 2012 de mais gratidão, realizações de sonhos e muito sucesso!

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